Muitas pessoas que têm níveis anormais de açúcar no sangue não percebem os sinais de alerta que seus corpos estão enviando.

Elas podem já estar enfrentando problemas quando finalmente descobrem que têm diabetes.

Em 2021, havia cerca de 537 milhões de pessoas com diabetes no mundo; a maioria delas com diabetes tipo 2, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF).

Enquanto algumas pessoas não conseguem controlar adequadamente o açúcar no sangue após o diagnóstico — o que pode levar a complicações perigosas —, muitas simplesmente ignoram os níveis anormais de glicose e evitam procurar tratamento médico.

O diabetes é uma condição de longo prazo. Um aumento temporário de glicose pode não ser prejudicial de imediato, mas níveis elevados e persistentes de açúcar no sangue ao longo de meses ou anos podem causar sérios danos ao corpo. As complicações são as mais assustadoras, porque quando órgãos vitais são destruídos, eles não podem ser reparados. Cegueira, problemas cardíacos e até amputação de membros são comuns em pessoas com diabetes.

A detecção precoce da glicose alta é essencial para prevenir esses problemas.

Felizmente, os pés são frequentemente considerados um “medidor de açúcar no sangue”. Eles estão entre os primeiros a dar sinais de que os níveis de glicose não estão sendo bem controlados.

A seguir estão cinco sintomas estranhos nos pés que podem indicar açúcar alto no sangue e que precisam de atenção imediata:

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1. Dormência nos pés

A neuropatia periférica diabética é causada pela glicose elevada, que pode danificar gravemente os nervos.
O paciente pode desenvolver dormência nos pés como consequência da neuropatia, e uma vez iniciada, é irreversível.

Se não for tratada, essa dormência pode piorar, dando a sensação de que os pés já não fazem parte do corpo.

Além disso, o paciente pode perder sensibilidade à dor e à temperatura. Isso pode fazer com que ele não perceba, por exemplo, a água excessivamente quente, aumentando o risco de queimaduras ao mergulhar os pés.

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2. Câimbras nas pernas

Os vasos sanguíneos podem ser seriamente danificados pela glicose alta.
Em apenas um ou dois anos, o diabetes mal controlado pode resultar em arteriosclerose, que estreita os vasos sanguíneos e causa acúmulo de placas.

Os pacientes podem sentir câimbras frequentes nas pernas quando as artérias ficam estreitas.
O problema costuma se agravar à noite, principalmente em climas frios, quando os vasos se contraem ainda mais, piorando a falta de oxigênio e a isquemia (redução do fluxo sanguíneo).

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3. Coceira nos pés

Pessoas com diabetes frequentemente têm coceira nos pés, que muitas vezes confundem com eczema.
Mesmo após consultar vários dermatologistas e usar diferentes medicamentos contra coceira, o problema pode não desaparecer.
A verdadeira causa é o controle inadequado da glicose.

Além disso, danos nos nervos causados pelo açúcar elevado podem provocar sensações anormais, e alterações na pele devido ao mau funcionamento das glândulas sudoríparas e sebáceas podem intensificar ainda mais a coceira.

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4. Feridas e infecções difíceis de cicatrizar

Como já mencionado, diabéticos têm sensibilidade reduzida à temperatura, o que os torna mais vulneráveis a lesões nos pés. Eles podem sofrer queimaduras sem perceber.

Isso acontece porque o diabetes enfraquece o sistema imunológico, permitindo a proliferação de germes nas feridas.
A glicose elevada também danifica os vasos sanguíneos, reduzindo a circulação e atrasando ainda mais o processo de cicatrização.

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5. Manchas escuras ou pigmentação nas pernas

É comum que pessoas com diabetes apresentem manchas escuras ou áreas de pigmentação nas pernas.
Na maioria das vezes, isso se deve a cicatrizes de bolhas anteriores ou infecções de pele.

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Conclusão

É fundamental monitorar os níveis de açúcar no sangue e procurar atendimento médico imediatamente se você apresentar regularmente esses sintomas estranhos nos pés.

A detecção precoce e o tratamento do diabetes podem melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações graves.